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DEZ
02
02 DEZ 2014
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02 - Dia Nacional do Samba - Dia da Astronomia - Dia das Relações Públicas - Dia Pan-Americano da Saúde
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Dia Nacional do Samba

O dia do Samba, foi instituído pela Câmara de Vereadores da cidade de Salvador em 1940, como parte das homenagens ao compositor Ary Barroso, que um ano antes lançara Aquarela do Brasil,  com certeza a música mais conhecida, executada e regravada fora do Brasil. Dentre os vários projetos musicais patrocinados pelo IPAC (Instituo do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), que administra entre outros locais, o Pelourinho, existe o Show Comemorativo do Dia do Samba. Este Show acontece todos os anos em praça pública, no Terreiro de Jesus, localizado no Pelourinho.

Dia Panamericano da Saúde

2 de Dezembro

O corpo humano é uma máquina composta de substâncias químicas e que usa outras tantas substâncias para funcionar, como água, açúcar, sal, proteínas etc. Mantê-las em equilíbrio é vital para nosso corpo. Mas não é só assim que mantemos a saúde em dia.

Ter uma vida saudável vai além de se alimentar bem. A prática de exercícios físicos é outro meio de se manter saudável, mas sempre com acompanhamento médico e de um profissional de educação física. Os exercícios ajudam no processo de emagrecimento, no combate ao estresse, na melhora do sistema imunológico e na redução de riscos de desenvolver algumas doenças.

Já é consenso no mundo inteiro dizer que a saúde mental afeta a saúde física. É comum associarmos o aparecimento de úlcera gástrica, inflamação no nervo ciático, enxaquecas, pressão alta e até mesmo gripes e dificuldades digestivas com o surgimento do estresse.

Consultas periódicas ao médico ajudam a prevenir doenças também. O médico pode diagnosticar doenças que não estamos vendo ou que não identificamos ainda.
Além disso, é necessário um comportamento não exagerado para manter a saúde. Não se deve comer demais nem de menos, nem exagerar a dose nos exercícios físicos. Apesar de evitar o estresse, deixar a cabeça sem pensar também não é saudável. É importante se manter longe de vícios e hidratar o corpo, além de evitar a longa exposição ao sol.

Fonte: CEDI Câmara dos Deputados

Dia Panamericano da Saúde

2 de Dezembro

No dia 2 de dezembro é comemorado o dia Pan Americano da Saúde e esta data trás a importância de cuidarmos da nossa saúde no dia-a-dia, de uma forma saudavel, comendo bons alimentos e praticando esportes, o que trás uma qualidade de vida melhor para todas as pessoas.

Dia Panamericano da Sade

São realizados muitas ações e as principais são as recomendações em evitar doenças como: aids, dependência química, entre outras doenças.

Dia Panamericano da Sade

É necessário estar sempre realizando exames de prevenção de cancêr de mama e próstata entre outras doenças. Uma vida saudável, é ficar longe de qualquer vício como: cigarro, bebidas ou drogas, pois o vício faz com que as pessoas não tenham uma boa saúde e uma vida longa.

Dia Panamericano da Sade

A pessoa que se alimenta bem e pratica exercícios, tem mais disposição e energia no dia-a-dia. Lutar em defesa da saúde, é evitar todos os males que prejudicam ela, entre nesta luta e viva muito mais feliz e por mais anos!

Dia Nacional das Relações Públicas

02 de Dezembro

No Brasil

30 de janeiro de 1914! Pela primeira vez no Brasil e talvez no mundo, criava-se um departamento com a denominação de Relações Públicas. Esta glória pertence à antiga "The Light and Power Co. Ltda.", concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo na capital paulista, conhecida durante muitos anos como "Light", uma companhia canadense estabelecida no Brasil no Século XIX.

Na ocasião a direção da Light, sentindo a necessidade de um setor especializado para cuidar do seu relacionamento com os órgãos da imprensa e com os poderes concedentes, no sentido de desenvolver um trabalho de Relações Públicas com a imprensa, objetivou o esclarecimento da opinião pública.

A direção desse Departamento de Relações Públicas foi entregue ao engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo, nascido em 2 de dezembro de 1876, na cidade de Penedo (Alagoas). Durante dezenove anos, o engenheiro Lobo exerceu as funções de diretor de Relações Públicas da "Light".

Em 1973, o professor Teobaldo de Andrade perguntava: "Por que não considerar esse pioneiro o ‘Pai das Relações Públicas no Brasil’?" A Lei nº 7.197, de 14 junho de 1984, instituiu o "Dia da Nacional das Relações Públicas", quando foi declarado Patrono das Relações Públicas Eduardo Pinheiro Lobo.

Em reunião do então Conselho Nacional da ABRP, em 13 de dezembro de 1975, em São Paulo, foi instituída a "Medalha Eduardo Pinheiro Lobo", destinada a premiar as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que tenham relevantes serviços prestados à classe dos Profissionais de Relações Públicas.

No campo governamental, a primeira manifestação do aparecimento de um serviço de Relações Públicas é indicada pela reorganização do Serviço de Publicidade Agrícola do Ministério da Agricultura e sua transformação em Serviço de Informação Agrícola (Decreto-Lei nº 2.094, de 28 de março de 1940).

Na história das Relações Públicas em nosso país, destaca-se a contribuição do grupo liderado pelo professor Mário Wagner Vieira da Cunha, do Instituto de Administração da Universidade de São Paulo, quando foram realizadas, em 1949, várias conferências sobre Relações Públicas e suas correlações com a propaganda e as ciências sociais.

Também em 1949, na cidade do Rio de Janeiro, o DASP promoveu o chamado "Curso de Relações com o Público", tendo como professores Ibany da Cunha Ribeiro e Diógenes Bittencourt Monteiro.

Em 1953, a Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, na cidade do Rio de Janeiro, realizou o 1o. Curso de Relações Públicas sob a regência do professor Carlson, e posteriormente foram ministrados outros, por Harwood Childs, da Universidade de Princeton, uma das maiores autoridades, especialmente no que se refere à opinião pública.

Em São Paulo, o primeiro serviço de Relações Públicas, com esse título, deu-se em 1954, no Departamento de Águas e Esgotos, com a denominação de Seção de Relações Públicas.

Em 1955, pelo Decreto no. 25.112 de novembro foram criados os Setores de Relações Públicas nas Secretarias de Estado e Órgãos diretamente subordinados ao Governador, em decorrência desse decreto, o antigo DEA promoveu um Seminário de Relações Públicas para os ocupantes dos cargos de redator do Serviço Público (julho de 1956), que contou com a participação dos professores: Neville Shepherd, May Nunes de Souza, Juarez Brandão Lopes, Benedito Silva, Florindo Villa Alvarez e outros.

No segundo semestre de 1959, foi instituída a disciplina de Relações Públicas Governamentais no Curso de Administração Geral no então DEA. Em 1960 foi instalado o primeiro curso regular de Relações Públicas, "Curso Especial de Relações Públicas" e, em 1964, o curso foi transformado em Curso de Formação em Grau Médio, com três níveis.

No Estado do Rio de Janeiro, o primeiro Serviço de Relações Públicas, na área governamental, foi criado pela Prefeitura de Niterói, graças ao trabalho de Noé Matos Cunha, em 1957.

COMUNICAÇÃO – RELAÇÕES PÚBLICAS

O Cenário Brasileiro

A diferença entre a colonização das duas Américas reflete, como não podia deixar de ser, a distinção entre as filosofias que nortearam seus respectivos desenvolvimentos. Leva-se em conta também a variação de motivos que levaram seus habitantes a constituírem as respectivas sociedades.

É interessante notar que, enquanto no Brasil se desarticulava o ensino, nos Estados Unidos já, há muito, havia sido instalada a primeira impressora e a imprensa estava prestes a entrar na área dos veículos de comunicação de massa. E, ainda, que o incremento da profissão das Relações Públicas se deu longe dos moldes e intensidade com que eram feitos nos Estados Unidos.

Em 1872, a capital da província não contava com mais de 23.000 habitantes. O refluxo dos imigrantes, originalmente encaminhados apenas para as lavouras de café, aumenta consideravelmente a população das cidades, chamando sobre si a atenção dos importadores.

Estes, tendo em vista as novas tarifas protecionistas, estabelecidas por Alves Branco para produtos importados e percebendo o potencial do crescente mercado urbano, paradoxalmente, inauguram aqui a era industrial, esclarece SCHULTEN (1982,p. 63).

Bastante modesto seu início, a atividade fabril intensifica-se rapidamente, conquistando a cidade de São Paulo o nome de maior centro industrial do país. As greves são deflagradas, no Brasil, os protestos se faziam na maior parte contra os atrasos de pagamentos e as despedidas em massa durante as crises. Fiel à tradição de engenho e da fazenda, o empresário brasileiro considerava o operário um ser socialmente inferior, sem capacidade de participar das decisões que afetassem seu próprio destino (SAENS apud SCHULTEN,1986) e, certamente, não um parceiro de diálogo como pretendido pelas Relações Públicas.

A atitude dos empresários torna-se elitista e autoritária, mentalidade que exclui a possibilidade, de um diálogo entre todos, a não ser os bons homens que encabeçam os destinos de suas organizações.

Nascido em 1876, na cidade alagoana de Penedo, às margens do mais brasileiros dos rios nacionais – o Rio São Francisco. Eduardo Pinheiro Lobo foi aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

Em virtude da revolta armada, em 1896, aos seus 19 anos de idade, segue para a Inglaterra para estudar engenharia . Voltou para o Brasil, erradicado-se em São Paulo, onde constituiu, família ao casar-se com Ema Schwob Lobo, com quem teve seis filhos.

Trabalhou em algumas indústrias, ingressando na Light em 1906. Nesta empresa, como competente funcionário, logo se destacou, alcançando posições de relevo graças ao dinamismo.

GURGEL (1985,p.14) reforça que as Relações Públicas chegam ao Brasil, a 30 de Janeiro, com a criação do departamento de Relações Públicas na “The São Paulo Tramway Light and Power Co”. Sendo este, o primeiro serviço regular de Relações Públicas a funcionar no país. Acrescenta, ainda, que seus padrões eram Canadenses e Norteamericanos e seus regulamentos são Inglês.

Isto, de fato, ainda o é. Constata-se que o serviço atualmente, dispõe de 250 mil metros lineares de documentação a respeito da empresa, com relatórios todos redigidos em Inglês.

O primeiro serviço de Relações Públicas na América do Sul tem seu marco histórico no Brasil, em 1914, quando a direção da antiga “The San Paulo Tramway Light and Power Company Limited”, hoje Eletropaulo, criou o departamento de Relações Públicas. Na ordem de serviço que criava o departamento e a designação de Eduardo Pinheiro Lobo para diretor, estavam traçados os objetivos das Relações Públicas e o aparecimento do primeiro diretor de Relações Públicas no Brasil, acrescenta THOMAZI (1986,p.26)

O objetivo deste setor era dar informações ao público e coube ao engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo dirigir o Departamento, onde ficou por 19 anos.

WEY (1986,p.34) considera que, apesar de constar como marco inicial das Relações Públicas no Brasil, a criação do Departamento de Relações Públicas da The São Paulo Tramway Light and Power Co, em 1914, foi a partir de meados dos anos 50 que as atividades se profissionalizaram.

Eduardo Pinheiro Lobo faleceu em 1933 e conduziu seus trabalhos com espírito de um verdadeiro homem de Relações Públicas. No exercício de suas funções na Light, desenvolveu um trabalho para manutenção e gestão de um relacionamento eficiente com a impressa e seus diversos públicos. Assumiu em seu cargo de Superitendente de Relações Públicas, diante das pesquisas realizadas na fundação de Patrimônio Histórico da Light. Consta hoje nos arquivos das cartas da Inspetoria Geral da Empresa, o nome de Dr. Antonio Carlos Cardoso sucessor de Eduardo Pinheiro Lobo.

O Departamento tinha, como atribuições cuidar dos negócios da Light com as autoridades estaduais e municipais, administrar passes escolares concedidos pela companhia aos estudantes e, ainda, outros assuntos.

Numa época difícil para a empresa, durante a seca que assolava São Paulo, procurou sempre a transparência e o esclarecimento à opinião pública.

Pois, devido ao aumento de energia elétrica que absorvia a capacidade de geração de suas duas usinas durante a estiagem, estava a Light no fim de seus recursos, quando conseguiu receber energia extra de uma usina em Sorocaba.

O reservatório de regularização alimentado de uma usina da Parnaíba, no rio Tietê, estava com o nível baixo e o suprimento recebido em Sorocaba, constituiu um alívio normalizando a situação, como se verá mais adiante. Mesmo com a redução de energia, a Light desfrutou de elevado prestígio, graças ao seu eficiente serviço de Relações Públicas. A empresa não foi condenada pela redução de energia.

Com um serviço de Relações Públicas bem planejado e executado eficientemente, a Light soube harmonizar os interesses diversos da empresa e do público, facilitando a cooperação e a credibilidade entre eles.

A repercussão deste trabalho teve ecos importantes, que ficaram para sempre marcados na história da comunicação brasileira.

Por exemplo, em 1941, a Companhia Siderúrgica Nacional, durante a Segunda Guerra Mundial, foi implantada no Brasil. É nela que, dez anos mais tarde, Sylla M. Chave instalaria o que viria a ser o primeiro departamento de Relações Públicas verdadeiramente nacional.

Seguindo esta mesma influência pioneira, a Escola Brasileira de Administração, da Fundação Getúlio Vargas, promove, em 1953, um curso de Relações Públicas, ministrado por Eric Carlson, difundindo o interesse pela causa de Relações Públicas que o legado de Eduardo Pinheiro Lobo suscitara em toda a Nação.

A Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, em 1967, funda o curso de graduação de Relações Públicas, quando já havia uma ampla compreensão sobre a necessidade de sistematização desse conhecimento específico, tendo em vista o crescente fascínio que as técnicas de Relações Públicas suscitavam nas classes empresariais.

Posteriormente, os cursos profissionalizantes se proliferaram por vários estados brasileiros.

Ainda sob a influência das idéias de Eduardo Pinheiro Lobo, em 21 de Julho de 1954, foi fundada a Associação Brasileira de Relações Públicas. E em 11 de Dezembro de 1967, era sancionada a Lei n° 5.377, disciplinando a profissão de Relações Públicas brasileiras, cujo regulamento foi complementado pelo decreto n ° 63.283, de 26 de Dezembro de 1968. A profissão passou, assim, a ser oficial. E logo mais tarde em 1972, o Conselho Federal dos Profissionais de Relações Públicas aprovava o “Código de Ética”.

A figura extraordinária de Eduardo Pinheiro Lobo deveria perpetuar-se na memória de todos os brasileiros, em particular dos habitantes da cidade de Penedo por ser o berço de Eduardo Pinheiro Lobo; e São Paulo, por ter sido o primeiro estado a utilizar-se da expressão e da profissão de Relações Públicas, deixando, assim, um ensinamento para as instituições de comunicação, privadas ou públicas, acadêmicas ou não, no que diz respeito ao reconhecimento do trabalho dos pioneiros da Comunicação Social.

Erick Martorano da Silva, técnico em Relações Públicas, juntamente com o incentivo do professor Natalino Pereira de Souza, reconhece o valor e enaltece o trabalho realizado na Light por Eduardo Pinheiro Lobo na Obra Um símbolo de Pioneirismo das Relações Públicas (s.d.). Este trabalho foi realizado como registro histórico da criação “ Medalha Mérito Eduardo Pinheiro Lobo”, pela Associação Brasileira de Relações Públicas, Seção Regional de Pernambuco.

Apesar de sua importância, o livro teve uma edição artesanal, em 1979, com divulgação restrita. Ainda assim, é o único estudo mais sistematizado sobre o pioneiro das Relações Públicas, reunindo uma série de documentos relacionados ao personagem estudado.

A Revista RP – Relações Públicas em Revista, de número 30, publicado em São Paulo, em 1974, apresenta capa com foto e a manchete EDUARDO PINHEIRO LOBO: PIONEIRO DE RP NO BRASIL. No interior da publicação, encontra-se uma breve matéria com apresentação de Eduardo Pinheiro Lobo e comentários a respeito da importância de sua atuação para a atividade profissional mencionada.

Na edição de número 55, a mesma revista registra a homenagem a esse pioneiro feita no IV Congresso Brasileiro de Relações Públicas, apresentando o documento de criação do departamento de Relações Públicas na Light, em 1914, e a transcrição da palestra proferida por José Grandjean dos Santos Pinto, sob o título A FIGURA E OBRA DE EDUARDO PINHEIRO LOBO.

O autor do artigo foi assistente de gerência de Publicidade e Divulgação e de Relações Públicas da Light – Serviços de Eletricidade S. A, em São Paulo, tendo sido, portanto, contemporâneo do personagem estudado.

Estas revistas são encontradas na Casa do Penedo, uma entidade de preservação da memória da cidade alagoana de Penedo. Esta instituição preserva também algumas fotos e documentos do pioneiro.

É diante de todos estes fatores e autores que intercambiam idéias a respeito do pioneirismo das Relações Públicas no Brasil tais com, Roberto de Paula Leite, Cândido Teobaldo de Souza Andrade, Sylla M. Chaves ( apud Samuel H. Jameson), Cicília Krohling Peruzzo, Margarida Maria Krohling Kunsch, Hebe Wey, J.B. Serra Gurgel, Maria Stella Thomazi, Helga Iracema Schulten, entre muitos outros, que buscam sob esta construção de pensamento salientar a contribuição da criação do primeiro departamento de Relações Públicas na Light, tendo a frente, como diretor, o engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo, considerado Patrono das Relações Públicas no Brasil.

História das Relações Públicas no Brasil: retrospectiva e aspectos relevantes

Relações Públicas no contexto da sociedade

PENSAR AS RELAÇÕES PÚBLICAS no Brasil nos leva a relembrar alguns fatos marcantes que se destacam na sua trajetória no país. Um dos primeiros aspectos a considerar diz respeito à necessidade de levarmos em conta a vinculação desta e de qualquer área do conhecimento e do mercado profissional com o contexto e a conjuntura vivida pela nação brasileira em diferentes momentos, períodos e décadas. Conforme nos ensina Chanlat (1996, p. 49), “Os contextos são os modos de leitura da situação. São as estruturas de interpretação, os esquemas cognitivos que cada pessoa possui e utiliza para compreender os acontecimentos que ocorrem e em particular o que nos interessa”. Portanto, a história das Relações Públicas no Brasil não é uma história neutra, está atrelada a uma conjuntura nacional, que, por conseguinte, sofre todas as influências, tanto social quanto global.

Com uma breve retrospectiva que faremos a seguir, veremos que é justamente nos períodos democráticos vividos pela sociedade brasileira que a área de Relações Públicas encontra maiores possibilidades para sua alavancagem e florescimento. Esta perspectiva é bastante presente na trajetória da vida do Prof. Walter Ramos Poyares.

Retrospectiva e os fatos que fizeram a história

Surgimento e o pioneirismo da Lighth, em 1914 – Criação do Departamento de Relações Públicas, tendo como chefe Eduardo Pinheiro Lobo – “patrono da profissão”. Experiência que, apesar de pioneira, foi isolada, não ocorrendo maior crescimento nas três décadas seguintes.

Décadas de 1940-1950

A constituição Brasileira de 1946 – Democracia no país.
Política industrial desenvolvimentista – Getúlio Vargas,
Processo de industrialização e a vinda das empresas multinacionais – Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Desenvolvimento dos meios de comunicação – mídia impressa e eletrônica.
Agência de Publicidade e Propaganda – crescimento do setor e os primeiros Departamentos de Relações Públicas.
Institutos de Pesquisas: IBOPE e MARPLAN – estudos de audiência para conhecer os efeitos dos anúncios. As pesquisas eram voltadas para os interesses comerciais para subsidiar as decisões das empresas anunciantes.
Grupo de Estudos no Instituto de administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Univerisdade de São Paulo (USP) – primeiros cursos especializados com conferencistas estrangeiros – Eric Carlson.
Criação da Companhia Siderúrgica Nacional: 1951 – primeiro departamento de Relações Públicas com características de Identidade Nacional.

Dia Nacional da Astronomia

02 de Dezembro

A Astronomia é a mais antiga das ciências.

Descobertas arqueológicas têm fornecido evidencias de observação astronômicas entre os povos pré-históricos .

Desde a antiguidade, o céu vem sendo usado como mapa, calendário e relógio. Os registros astrônomos mais antigos datam de aproximadamente 3000ª.C. e se devem aos chineses , babilônios ,assírios e egípcio.

Naquela época, os astros eram estudados com objetivos práticos , como medir a passagem do tempo para prever a melhor época para o plantio e a colheita, ou com objetivos mais relacionados à astrologia, como fazer previsões do futuro, já que acreditavam que os deuses do céu tinham o poder da colheita, da chuva e mesmo da vida

O dia 2 de dezembro, data de nascimento do imperador do Brasil, Pedro II, foi escolhido dia da Astronomia em sua homenagem, pois ele era astrônomo amador. A sociedade Brasileira de Astronomia, fundada em 1947, indicou a data e também conferiu a Pedro II, um grande incentivador da ciência astronômica, o título de patrono da Astronomia Brasileira.

No mundo de hoje, o que se pesquisa e comprova é saudado como contribuição para a humanidade, mas houve um tempo em que os homens eram condenados a morrer por causa de suas teorias. Entre esses, estavam alguns importantes astrônomos.

Se pesquisamos sobre os grandes cientistas e inventores na história da humanidade, vamos descobrir que muitos deles foram astrônomos, que estenderam seu olhar para fora da Terra e tanto colaboraram para a evolução global do conhecimento.

Idéias como as dos filósofos gregos (e astrônomos) Hiparco e Ptolomeu, de que a Terra era o centro do Universo, com planetas e estrelas girando em torno dela, perduraram por 14 séculos, até que Nicolau Copérnico, chamado pai da Astronomia Moderna, juntamente com Galileu Galilei as revolucionaram.

Fonte: Portal da UFG

Dia Nacional da Astronomia

02 de Dezembro

O dia 2 de dezembro, data de nascimento do imperador do Brasil, Pedro II, foi escolhido dia da Astronomia em sua homenagem, pois ele era astrônomo amador. A sociedade Brasileira de Astronomia, fundada em 1947, indicou a data e também conferiu a Pedro II, um grande incentivador da ciência astronômica, o título de patrono da Astronomia Brasileira.

Ciência que lida com a origem, evolução, composição, distância e movimentação dos corpos e matérias dispersos no universo, a Astronomia é muito antiga e existe desde as primeiras civilizações registradas. Desde 2000 a.C, os chineses já possuíam escolas de Astrologia, em muito contribuindo para a evolução de sua Astronomia. Também os gregos, os egípcios, os muçulmanos, em épocas de poucos instrumentos, e de observação a olho nu, já utilizavam essa ciência.

No mundo de hoje, o que se pesquisa e comprova é saudado como contribuição para a humanidade, mas houve um tempo em que os homens eram condenados a morrer por causa de suas teorias. Entre esses, estavam alguns importantes astrônomos.

Lembrando alguns astrônomos ilustres

Se pesquisamos sobre os grandes cientistas e inventores na história da humanidade, vamos descobrir que muitos deles foram astrônomos, que estenderam seu olhar para fora da Terra e tanto colaboraram para a evolução global do conhecimento.

Idéias como as dos filósofos gregos (e astrônomos) Hiparco e Ptolomeu, de que a Terra era o centro do Universo, com planetas e estrelas girando em torno dela, perduraram por 14 séculos, até que Nicolau Copérnico, chamado pai da Astronomia Moderna, juntamente com Galileu Galilei as revolucionaram.

Galileu Galilei, nascido na Itália em 1564, considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos, passou da medicina à matemática e à astronomia. Autor de vários estudos e experimentos sobre a queda dos corpos, foi dele a teoria de que todos os objetos, pesados ou leves, vão ao chão com a mesma velocidade.

Podemos imaginar a importância da contribuição de tal pessoa para quem viria depois. Foi Galileu quem aperfeiçoou o telescópio de refração e com ele descobriu quatro luas do planeta Júpiter, no ano de 1610. E depois de tantas procuras e descobertas, por ter apoiado a teoria de Nicolau Copérnico, de que o Sol, e não a Terra, era o centro do nosso sistema planetário, Galileu foi condenado pela Inquisição (o tribunal medieval criado pela igreja católica romana que perseguia, punia e condenava à morte as pessoas por aquilo que considerava como heresia).

Um outro astrônomo e matemático, Johannes Kepler, contemporâneo de Galileu Galilei, conquistou muita inimizade por ter apoiado a teoria heliocêntrica de Copérnico (o Sol no centro e todos os planetas a sua volta), teoria que seria mais tarde reforçada por suas tabelas de cálculos sobre as posições de planetas e sobre eclipses. Utilizou um telescópio dado por Galileu para observar os satélites de Júpiter e foi grande a sua contribuição para a ótica.


Primeira empresa de Relações Públicas e Propaganda: 10/10/52 – Inácio Penteado da Silva Teles e Romildo Fernandes – Cia. Nacional de Relações Públicas e Propaganda.
Fundação da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP): 1954 – Surgem os primeiros e efetivos departamentos de Relações Públicas nas empresas multinacionais e nas agências de Publicidade e Propaganda; o Jornalismo Empresarial começa a ganhar forças; surgem os boletins e os house organs.

Década de 1960

Conjuntura política e a ditadura militar a partir de 1964 e as influências negativas para o reconhecimento social das Relações Públicas.
Papel das Assessorias de Relações Públicas da Presidência da República – Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP): 1968 – Propaganda ideológica.

A história das Relações Públicas no Brasil demonstra que de fato houve tal influência. Bastaria citar a criação de departamentos e a publicação de guias e manuais dessa área nos ministérios das Forças Armadas.

O brasilianista Thomas Skidmore (1988, p. 221) afirma:

Os homens do coronel Costa transformarem a AERP, que não conseguira decolar no governo Costa e Silva, na operação de Relações Públicas mais profissional que o Brasil já vira. Uma equipe de jornalistas, psicólogos e sociólogos decidia sobre os temas e o enfoque geral, depois contratava agências de propaganda para produzir documentários para TV e cinema, juntamente com matérias para os jornais. Certas frases de efeito davam bem a medida da filosofia que embasava a AERP: “Você constrói o Brasil”; “Ninguém segura este País !”; “Brasil, conte comigo!”.

Um estudo de 116 spots contratados com 24 agências de propaganda mostrou que oitenta por cento exaltavam a importância do trabalho, o valor da educação e o papel construtivo das forças armadas. As mensagens, nas palavras do coronel Octavio, a fortalecer “uma saudável mentalidade de segurança nacional”, que é indispensável para a defesa da democracia e para a garantia do esforço coletivo com vistas ao desenvolvimento.

Acreditamos que a atuação agressiva dessa assessoria contribuiu para formar um conceito negativo da essência das Relações Públicas junto a formadores e multiplicadores de opinião, num período tão conturbado da vida nacional. Justamente nos meios intelectuais, artísticos, sindicais e da mídia é que a atividade da AERP passou a ser vista como suspeita e enganosa.

Na pesquisa que fizemos, houve quase um consenso na afirmação de que essa interferência do regime militar, tanto nos anos 60 (por meio da AERP) como nos anos 70 e 80 (por meio da AIRP – Assessoria de Imprensa e Relações Públicas, da ARP – Assessoria de Relações Públicas e da SECOM – Secretaria de Comunicação Social), cria equívocos sobre o papel das Relações Públicas na sociedade.

Entre muitos outros depoimentos obtidos, dois são bastante ilustrativos:

Os militares que atuaram em Relações Públicas na área do Governo, por terem acesso direto e privilegiado aos dirigentes de empresas, passaram a estes a idéia de que a função representaria um “poder oculto” dentro de suas organizações. E tanto se a louvou que ela viria a banalizar-se, num desgaste sem precedente para nós.

O desenvolvimento na década de 60, como na de 70, ocorreu de uma práxis de convívio um tanto suspeito com o regime vigente. O crescimento das Relações Públicas deu-se principalmente em razão de dois fatos. Um, o de que a atividade era de interesse dos militares, a ponto de vários gerentes de relações públicas em grandes organizações, na época, terem sido militares. Outro, o de que a própria estratégia de Relações Públicas adotada a partir da gestão do General Médici virou um paradigma para todo o serviço público e se reproduziu até mesmo em algumas grandes empresas. Deriva daí a grande expansão desse mercado para os jornalistas, que passaram a ser contratados para a produção de trabalhos de nossa área. Isso levou a uma grande crise entre os profissionais de Relações Públicas. (Kunsch, 1997, p. 27)

IV Congresso Mundial de Relações Públicas no Rio de Janeiro – 10 a 14 de outubro de 1967. Walter Ramos Poyares participou como membro da comissão organizadora e conferencista do painel “Formação Profissional de Relações Públicas”.

Regulamentação da profissão – Lei 5.377 de 11 de setembro de 1967, sob a égide do AI nº 5.

1º Curso Superior Relações Públicas Escola de Comunicações Culturais da USP – hoje ECA/USP.

Jornalismo Empresarial.

Criação da Associação Brasileira dos Editores de Jornais e Revistas de Empresas (ABERJE): 1967;

Surgimento da Programação e Assessoria Editorial (PROAL): 1968.

Nesta mesma década, em 1961, Poyares criou e foi diretor do curso, em nível de pós-graduação, de Opinião Pública e Relações Públicas.

Década de 1970

Atuação das Assessorias de Relações Públicas no governo federal: Assessoria Executiva de Relações Públicas (AERP), Assessoria de Imprensa e Relações Públicas (AIRP), Assessoria de Relações Públicas (ARP) e Secretaria de Comunicação Social (SECOM);
Propaganda ideológica e aproveitamento de fatos políticos relevantes.
Proliferação das escolas de comunicação e surgimento de novos cursos.
Acomodação e euforia injustificada da categoria com a regulamentação da profissão.

Década de 1980

Abertura política e transição democrática: grandes transformações no campo acadêmico e nas organizações.
Criação do Prêmio Opinião Pública – CONRERP SP/PR.
Campanha de valorização profissional e o VI Congresso Brasileiro de Relações Públicas em 1982 – Brasília, DF.
Plano de Comunicação Social da Rodhia: 1985.
Novas configurações e terminologias dos Departamentos de Relações Públicas – Comunicação Social.
A dimensão comunitária – as primeiras experiências nas universidades.
A ABERJE e suas mudanças Associação Brasileira de Comunicação Empresarial no Brasil.

Década de 1990

Transformações geopolíticas mundiais e o fenômeno da globalização – o repensar a profissão.
Internacionalização das empresas e assessorias de comunicação e Relações Públicas. Assessorias de imprensa se transformam em assessorias de comunicação.
Terceirização dos serviços de Comunicação Empresarial e as possibilidades ampliadas para as Relações Públicas.
A importância da comunicação no âmbito corporativo/institucional – O mercado e o papel das assessorias de comunicação, de imprensa e de Relações Públicas.
As iniciativas do Conselho Federal do Profissionais de Relações Públicas e do Conselho Regional dos Profissionais de RP – de são Paulo e Paraná – Parlamento Nacional para revisão da regulamentação de profissão.

Documento: “Conclusões do Parlamento Nacional de Relações Públicas”.

Início do Terceiro Milênio

Relações Públicas na sociedade contemporânea: desafios e exigências;

Fortalecimento e consolidação da área tanto no nível acadêmico e no mercado profissional. Crescimento de novos cursos.
Estágio avançado do mercado da Comunicação Organizacional no Brasil e novas exigências para uma crescente profissionalização e, pelas suas peculiaridades, cabe às Relações Públicas gerenciar essa comunicação.
O Estado democrático. Nos regimes totalitários não há lugar para a prática da comunicação simétrica.

Nova postura das organizações frente à sociedade, aos públicos e à opinião pública. Prestação de contas e responsabilidade social.

Neste contexto, o Prof. Walter Ramos Poyares, no seu livro Imagem pública: glória para uns e ruína para os outros (1998), alerta para qual deve ser o papel das Relações Públicas e sua contribuição para a cidadania e a democracia.

Conclama à participação ativa:

A formação de uma consciência participativa, traduzida na constituição e operação de entidades diversas, implica convocar os profissionais da mobilização social, conceito mais amplo da especialização profissional de Relações Públicas. Já se foi o tempo em que Relações Públicas serviam de biombo para candidatos a socialites. (Poyares, 1998, p. 171)

A globalização, a revolução tecnológica e a complexidade contemporânea irão exigir cada vez mais das organizações, mas sem perder a perspectiva de sua dimensão social e do cultivo dos valores democráticos.

O Professor Walter Ramos Poyares, ao defender esses valores democráticos e um Brasil com menos desigualdades sociais, propõe que, Em muitos casos, os profissionais de RP poderiam agir como verdadeiros ombudsmen, canalizando a vontade do povo em causas por seu bem-estar. Tudo isso, porém, deveria obedecer à metodologia mais moderna de comunicação, pesquisa, avaliação, usando equipamento informatizado. Reconheço que há vários problemas a examinar na montagem de mecanismos de ação pelos profissionais de comunicação e RP. A meta a perseguir é o reequilibro da sociedade, a redução dessas disparatadas diferenças e desníveis. Refazendo-se o tecido social, estabiliza-se a democracia. Permitem os companheiros que este profissional de longa vivência e algum acervo de realizações os convoque para a missão de despertar a consciência de cidadania e combater a deterioração crescente do caráter nacional.

Não podemos suportar mais a imagem de um país de espertos, corruptos e ladravazes. Os profissionais de RP são compreensão e podem, nessa qualidade, arregimentar para recoser esse tecido, em mil partes rompido, e através de milhares de pequenos movimentos ou organizações trabalhar fecundamente para a transformação em realidade dos fundamentos que definem o regime democrático brasileiro de direito: I. a soberania; II. A cidadania; III. A dignidade da pessoa humana; IV. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V. o pluralismo político. (Poyares, 1998, p. 175-176)

Referências bibliográficas

CHANLAT, J.-F.. O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1996. Vol. 1.
KUNSCH, M.M.K. Relações públicas e modernidade. São Paulo: Summus, 1997.POYARE
S, W.R. Imagem pública: glória para uns e ruína para outros. São Paulo: Globo, 1998.
SKIDMORE, T.E. Brasil: de Castelo a Tancredo - 1964-1985. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1988.

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