O Caramujo Africano (ACHATINA FULICA) é um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África, quando adulto, atinge 15 cm de comprimento, 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total.
Foi introduzido no Brasil para ser comercializado como escargot. Comercializar Achatina como escargot é fraude. Ele não é comestível.
Atualmente este molusco é encontrado em 14 estados brasileiros. Vivendo livremente, está se tornando séria praga, em especial nas regiões litorâneas.
Ataca e destrói plantações de mandioca, batata-doce, feijão, amendoim, abóbora, mamão, tomate e verduras, flores, frutas e folhas de diversas espécies. Sobe em muros e invade casas.
A cada 2 meses, um caramujo põe 200 ovos e, após 5 meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir, sobrevive o ano todo, se reproduzindo mais rapidamente no inverno, é resistente à seca e ao frio.
Sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de telhas e de tijolos.
O Caramujo Africano pode transmitir dois vermes:
- Angiostrongylos cantonensis – causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso.
- Angiostrongytus costaricensis – causador da abgiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Tem como sintomas dor abdominal febre prolongada, anorexia e vômitos.
Para eliminá-lo não use veneno, pois afeta o meio ambiente e não o molusco. Para matá-los, deve-se queimá-los dentro de latas ou tonéis. Depois quebrar as conchas e enterrá-las. Também se pode simplesmente utilizar cal, ou sal.
Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação.
Só pegue o molusco se estiver com luvas ou com saco plástico envolvendo as mãos. Assim, o caramujo não transmite doenças.
Não deixe em seu terreno telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas. Eles servem de criadouros.