Entre os dias 15 de Junho a 15 de Setembro os produtores de soja deverão respeitar o vazio sanitário da soja em todo território do Estado. A medida é regida pela Instrução Normativa 057/2012 do Instituto de Defesa Agropecuária – INDEA/MT. O vazio sanitário da soja é o período de proibição do cultivo de soja e também da eliminação da soja voluntária, ou tiguera, em todo Mato Grosso.
Em Sapezal a Coordenação de Agricultura em parceria com a Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos iniciou o trabalho de retirada das plantas nascidas às margens das vias públicas.
O Coordenador da pasta Sergio Saturnino disse que a retiradas plantas nas margens das vias públicas urbanas, é de responsabilidade dos produtores, com acompanhamento da administração pública municipal, conforme a normativa do INDEA-MT acima citada no Cap. III Seção III Art. 16.
É importante a cooperação de toda a população nesse sentido. "Se cada morador nos ajudar, ou seja arrancar qualquer planta de soja nascida em seu quintal ou nos terrenos vazios ao lado de sua residência, estará dando uma grande contribuição e fica mais fácil o controle". Afirmou.
Em safras passadas, percebeu-se que a soja tiguera e o plantio de soja irrigada durante a entressafra favorecia a permanência no ambiente do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da Ferrugem Asiática da soja, causando a incidência precoce desta doença na safra de verão. Portanto essa determinação visa a diminuir e/ou retardar o aparecimento deste fungo maléfico à soja.
Sapezal que está localizada na região médio norte possui grandes propriedades que plantam soja e também é um dos principais corredores do transporte do produto, os grãos que caem dos caminhões acabam nascendo às margens das rodovias, e requer maior cuidado no controle.
De acordo com Daniel Lima da Silva Junior, Fiscal Estadual Agropecuário do INDEA, os produtores devem respeitar esse período proibitivo e se atentar principalmente para a soja tiguera, que é aquela planta que germina a partir de grãos perdidos na colheita, e que também caem no derramamento nas rodovias e ficam às margens das propriedades.
“A fiscalização será realizada pelo INDEA em todas as propriedades durante os 90 dias de vazio sanitário e o produtor está sujeito à multa caso não cumpra o determinado pela Instrução Normativa”.
Atualmente a multa para quem descumprir o período proibitivo está em torno de 30 UPF’s acrescida de mais 2 UPF’s por hectare com plantas de soja. O valor atual da UPF (Unidade Padrão Fiscal) é de R$ 90,59. O Engenheiro Agrônomo alerta ainda para os benefícios que este período pode trazer aos produtores com a redução de gastos com defensivos para combater a doença.
“Dados oficiais apontam que na safra 2012/2013 Mato Grosso chegou a perder 1,5 bilhões de dólares com a ferrugem asiática, o que equivale a 40 milhões de sacas aproximadamente. No Brasil a perda nos últimos 10 anos já somam 25 bilhões de dólares”.
Portanto cabe ao produtor eliminar as plantas de soja durante esses 90 dias para tentar retardar o aparecimento do fungo na próxima safra e consequentemente aumentar os lucros de sua produção, favorecendo assim o crescimento da produtividade em Mato Grosso que é referência mundial na produção de soja.